abril 26, 2012

Learn . Live. Hope

 Não vivemos sem os batimentos de um coração, mesmo quando ele sofre. A dor atrofia-nos e mantém em nosso âmago o medo de amar mais uma vez e vamos sendo inundados de azedumes, mas estamos aqui nos mantendo vivos. Mais fortes ou mais vulneráveis, estamos aqui, com corações despedaçados como uma taça de vidro caída e quebrada em incontáveis pedaços. 
 A verdade nua é que não há vida onde não há dor. A vida é tudo sobre ser. Ser um lutador e guerreiro. A vida é agora, é ganhar e perder, é amar e se estilhaçar. Viver é superar o fim do dia, quando desolados nos jogamos na cama desejando que o sono permaneça profundo até que tudo se resolva, mas acordar no outro dia e tentar novamente, não importa quantas vezes caia, não importa o que nos digam. Viver é guerrear, lutando contra nossos monstros e protegendo nossos sonhos, é correr mesmo sabendo que ainda podemos tropeçar em montanhas disfarçadas de pedras, ir à batalha sabendo que podemos perder, mas acreditando apenas que ganharemos.  
  E a vida pode ser má para quem está aprendendo, sim, ela realmente é cruel com gente que, como eu, não sabe lidar... Mas acalme-se, em campo é  pesado e complicado, porém vencer, não desistir de nós mesmos, é encontrar o que há de mais belo na vida.  E do que vale viver sem alegrias por medo de enfrentar tristezas? Desperdício. Aproveitemos. 

Flávia Andrade

abril 19, 2012

Encantada

  Lembro-me de minha tolice quase infantil, tão inocente, que por tempos fez com que meus pensamentos permanecessem ligados em acasos e expectativas que criei para um dia encontrá-lo e dizer o quanto o amei. 
   No fundo da última gaveta da cômoda, embaixo das roupas de frio tão velhas que nunca mais usei e com certeza não vou mais usar, encontrei bilhões de cartas que escrevi e nunca entreguei. Cheias de bobagens. Encontrei também os cadernos antigos, espalhados em meio ao livros das páginas que tanto me agrada o cheiro, as últimas folhas rabiscadas com as inicias de seu nome e do meu nome, seguidos por milhares corações. Tão clichê! Intensamente ingênuos. 
   E agora eu penso em como tudo está se repetindo, voltei a escrever iniciais, mas dessa vez, seguidas delas estão textos que expressam meus sentimentos de forma que me assusta, logo eu que sempre os escondi tanto. Eu tenho isso de me apegar fácil, de me apaixonar rápido, na verdade, de me encantar como quem se joga em um precipício, e começar a lotar folhas e acabar com os dedos por escrever incontáveis cartas, histórias, músicas sem melodias, tudo confuso. Quando eu só quero confessar que não sei lidar com o fato de amar alguém tanto quanto eu amei o menino das iniciais no fim dos meus cadernos do ensino fundamental, e sentir tantos ciumes do garoto dono do 'ele' dos meus atuais textos. Eu não sei lidar com esse tal amor, com esse tal encanto, com isso de transbordar reações imprevisíveis.

Flávia Andrade
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