Leio o que na folha não se escreve
escrevo com as mãos manchadas de tinta
apenas o que os cegos podem ler
Reflito a dor do mundo e
no mundo sinto prazer
refaço as caras dos atordoados
rio das prosas que cá me trazem.
escrevo com as mãos manchadas de tinta
apenas o que os cegos podem ler
Reflito a dor do mundo e
no mundo sinto prazer
refaço as caras dos atordoados
rio das prosas que cá me trazem.
Meu vocabulário elide
a certeza do que sou.
Fujo das curvas que fazem
as palavras
conceberem o pecado da razão escrita
e embaralho com elas
um sete de copas, um As de ouro e a carta coringa.
Faço delas o significado de minha alma possuidora
de sete amores, uma riqueza e do sarcasmo incólume
sempre penetrando qualquer oração de sujeito composto ou simples.
conceberem o pecado da razão escrita
e embaralho com elas
um sete de copas, um As de ouro e a carta coringa.
Faço delas o significado de minha alma possuidora
de sete amores, uma riqueza e do sarcasmo incólume
sempre penetrando qualquer oração de sujeito composto ou simples.
Nada se faz presente
quando me vem a lucidez.
Serei a vírgula e
também o ponto.
Pois com ponto e vírgula termino e não;
Pois com ponto e vírgula termino e não;
Flávia Andrade
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