Me abrace mesmo se eu não pedir, mesmo se eu não chorar nem protestar. Me sorria mesmo se eu não for engraçada, mesmo se eu não sorrir nem contentar. Se eu apenas deixar, apenas cair, apenas esquecer. Me faça nova, me renove, me recomponha, mesmo se eu desmontar em várias tentativas, mesmo se as peças se deslocarem e eu afrouxar meus parafusos. Eu posso tentar fugir de ti, mas quero ser presa novamente em teus braços. Eu posso tentar abandonar-te, mas é porque há muito tempo me abandonei, não sei lhe ter, então não espere sinais, me tenha como se eu não pertencesse a mais ninguém. Segure em minhas mãos enquanto eu me afasto, e não me permita ir embora mais uma vez. Eu não aguentaria as consequências.
Flávia Andrade
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