dezembro 12, 2013

Notas de um devaneado. Parte II

Eu poderia resistir a qualquer coisa negavelmente aceita. Poderia deixá-la arrancar uma parte de mim e levar embora, seria capaz de permitir que ela arremessasse um caminhão contra meu corpo.  Eu era forte, de pedra. Por ela. Mas quando seu sorriso se dirigia a mim, meu coração pulsava tão forte.  Eu me tornava um inútil sem ação.  Um fugitivo sem pernas. Eu ficava indefeso quando ela sorria.

Flávia Andrade

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