abril 26, 2015

pra te/me/nos salvar



    posso estar correndo na contramão com suas coisas roubadas e esquecendo de levar o que tenho de melhor, com um telefone no bolso que só me deixa discar números de socorro e com a cara cheia de maquiagens das festas antigas. ainda assim, mesmo que caia no meio do caminho, segurarei as tralhas no alto como um bêbado equilibra sua bebida com os braços esticados e, insistente, levantarei pra continuar correndo enquanto os ventos me empurrarão ao contrário. e mesmo que esteja indo em direção a um beco sem saída, não me deixo me perder, não me deixo perder tudo, eu salvo com toda a força que você não pensa que eu tenho para que coisa alguma (que supostamente há entre nós) acabe.

Flávia Andrade

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