maio 31, 2015

até o fim


    não peço mais perdão por ser esse desastre ambulante que age sem pensar, nem digo desculpas que tentem justificar todo esse meu jeito de sempre voltar atrás de uma coisa que supostamente eu já havia desistido. eu volto sim, quebro a cara no mesmo lugar mais de duas vezes, erro mais do que acerto e a dor aumenta. mas a dor é minha. eu que sofro, eu que me sofro, não devo explicação. sei que risco nomes e rasgo folhas pra esquecer e três dias depois lá estou eu completando mais uma ligação, deixando mais uma mensagem, pensando em mais alguma foto. por qual motivo eu deveria me desculpar? logo eu que amo tanto e não posso conter o tanto que me transborda. não peço perdão, o choro desenfreado vem dos meus olhos e não obrigo ninguém a ver; já me mato toda semana com cigarro, conhaque e ansiedade, por que pedir desculpa por mais uma decepção amorosa? tudo faz mal e morre comigo no fim.

flávia andrade

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