maio 13, 2015

Divergentes



    Ainda não avisaram ao mundo que o nome dela é nome de flor, uma flor inexistente plantada no meio de seus tumultos neuróticos. Ela toda é confusão, vive numa dança desenfreada de uma música sem fim. Ainda desconhecem que o riso dela é um livro cheio de incógnitas lido em voz alta, um riso que depende de contexto para ser compreendido. E se essa maneira é flor, dança e livro, o que eu faço sendo apenas um sujeito invisível? Um sujeito sem perfume, sem ritmo e mudo.

Flávia Andrade

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