Inda que fosse noutra vida, acredito eu — com todos os meus devaneios não sóbrios, que procuraria por aí pelo mesmo tipinho de gente que é você: o qual me deixa perdida, sem rumo algum e ainda assim eu gosto um tanto. Perdoa o desabamento da construção que já fui, vou me desfazendo pra ver se mudo. Mas não dá em nada, nem noutra vida daria. Mesmo que você tivesse outro nome, morasse num lugar de nome impronunciável, não falasse minha língua, não entendesse o motivo desse texto, não assistisse o mesmo filme vinte vezes, de qualquer jeito eu te acharia pra me acabar nessa mesma história sem fim, nesse trajeto desajeitado e torto. Inda que eu não te encontrasse de um modo fácil, daria voltas recolhendo detalhes pra encaixar tudo numa pessoa só e fazer ser você. Esse você que é todo amor que me transborda.
Flávia Urder
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