— Mas por que é que você gosta tanto de mim?
(Talvez seja a lista infinita de defeitos, esse cabelo desgrenhado, essa cara de sono, seus silêncios quando preciso de respostas, a demora toda para dizer um sim, a inquietude para dizer não. Devem ser essas suas reclamações diárias, esse jeito de ser velho com vinte e poucos anos, o resto da vida que você nem pensa em gastar. Só podem ser suas mudanças de humor, suas festas estranhas com gente esquisita, essa coisa de ser o que me dá uma raiva tamanha que eu acabo achando graça).
— Eu nem gosto.
E você ri.
Flávia Andrade
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