julho 13, 2015

pra você fui ressaca matinal. pra mim, você foi um porre duradouro de incontáveis madrugadas. eu tentei te deixar por tanto tempo que encontrei sobriedade outra vez. aqui estou eu, no horário do almoço com uma garrafa de vinho aberta, tentando te reencontrar pra dizer todas essas coisas que não se aquietam nem que eu durma e suma e me jogue da ponte do prédio do hotel da sacada da mureta da tua casa, mas eu penso em me jogar na sua frente e dizer: tudo bem, eu desisto, vamos ficar bem mais uma vez. mas eu penso em dizer: eu sei que errei e você foi um filho da puta que errou também, e eu sei que a gente daria um tiro na cara do outro se carregássemos armas para todos os lugares em que já nos cruzamos, mas vamos dar certo dessa vez. 

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