Há um momento no dia em que tudo para. Qualquer dia, qualquer hora. Dura um segundo, um minuto ou bem mais. Você não pensa em nada, mas não sente alívio. É quase sufoco. Você vê um objeto, um ambiente, uma paisagem e ao mesmo tempo não vê nada. É um estado de inexistência. E em algum desses momentos, tão raros, alguém repara. Uma distração é sempre pega no flagra por acaso. Música nenhuma toca, toque nenhum te alcança, cor nenhuma é vista. Mas aquela pessoa está lá, sentindo tudo, perguntando o que se passa no meio de tanto silêncio dentro do seu corpo parado.
Flávia Andrade
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