Se eu olhar as nuvens
não verei mais desenhos modelados
verei minha infância dando adeus
a uma menininha alta
que não quer crescer.
Se eu olhar as nuvens
não verei mais corações se formando
verei um cenário de decepções mostrando
a uma garotinha imatura:
é hora de viver.
Eu, tão menininha esperei
pelos quinze
pelos dezoito
pelos trinta
mas não gostei
quando ali, sozinha, cheguei.
As responsabilidades que assumi
as irresponsabilidades que deixei,
as lembranças que a qual sorri
agora, em um pacote, levei.
Se eu olhar o céu agora agora, os passarinhos
a liberdade deles, ah, como cobiçarei
a liberdade de mocinha correndo, aprendendo sozinha a voar
para cada canto, cada luar que pudesse alcançar
Se eu olhar o céu agora, em um triz
não terei mais tempo para desvendar desenhos em nuvens
terei celular tocando, alarme disparando, lembretes apitando
de uma vida corrida de mulher
aquela da idade que eu quis
Eu, tão menininha esperei
pelos quinze
pelos dezoito
pelos trinta
mas não gostei
quando ali, sozinha, cheguei.
As responsabilidades que assumi
as irresponsabilidades que deixei,
as lembranças que a qual sorri
agora, em um pacote, levei.
Se eu olhar o céu agora agora, os passarinhos
a liberdade deles, ah, como cobiçarei
a liberdade de mocinha correndo, aprendendo sozinha a voar
para cada canto, cada luar que pudesse alcançar
Se eu olhar o céu agora, em um triz
não terei mais tempo para desvendar desenhos em nuvens
terei celular tocando, alarme disparando, lembretes apitando
de uma vida corrida de mulher
aquela da idade que eu quis
Flávia Andrade