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    Enquanto vivo, respiro, ando, como, estudo, rio, choro, penso, sonho, enquanto sou somente eu, enquanto não posso voltar, mas posso ir além de mim, enquanto, novamente, vivo, por motivo algum escrevo. Faz parte do que sou. De repente, o que escrevo vira enredo, roteiro, cresce, amadurece, como se fosse alguém a quem dou vida e vira livro. É como se eu plantasse árvores, tivesse filhos, criasse laços.
    Contudo, não são somente imaginações indo para o papel e computador, há sempre um esforço imediato para aperfeiçoamentos diários, algo que funciona como lapidação. Faço do que escrevo uma revolução de mim, uma maneira minha e somente minha de ser melhor a cada dia. Eu invento teorias, técnicas, receitas, faço do meu jeito o que talvez ninguém mais compreenda e é assim que pouco a pouco deixo em cada livro meu, cada história, narrativa, romance e conto, o que somente eu posso deixar. 
    Às vezes, sinceramente, penso em desistir. Afinal, escrever não é uma grande possibilidade de futuro certo. Afinal, escrever não é algo visto como "tomar rumo" na vida. Mas por outras vezes e nas melhores vezes, posso até não estar tomando rumo, na verdade, é mais fácil tomar muito rum e não chegar a conclusão nenhuma, porém, nessas outras e melhores vezes, eu simplesmente escrevo. Apenas faço algo para mim, algo que me faz bem sem expectativa de reconhecimento alheio. E se por aqui divulgo não é porque espero de alguém um olhar atento, mas porque dou a mim a chance de receber de alguém um minuto de atenção. Não como quem espera em uma fila, mas como quem não anda no escuro, como quem mostra a cara ao mundo e seja o que o destino quiser.

Coletânea de contos e crônicas originais. Ficção.

Blues Mudo

SINOPSE

O Blues Mudo é para aqueles que sentem, sentem demais, que vivem à flor da pele e dão a cara a tapa ao amor. É sobre os que vivem à beira do ápice, do clímax de seus sentimentos - inventados ou não. Cada conto que se confunde com crônica e vice-versa, é um blues que soa baixinho, como trilha-sonora, nos pequenos detalhes da vida corriqueira. É, acima de tudo, um estado de espírito que finge ser banal e inofensivo, para mais tarde - por acaso ou embriaguez -, mostrar-se determinante em nossas vidas. Como todas as coisas que fazemos em relação aos outros do resto do mundo e nos mudam, alteram e nos diferenciam. É uma entrega emocional em um ritmo desenfreado e frenético, que somente quem se entrega também pode sentir igual.


Romance, Drama. Finalizado. Não publicado.

Retratos de Cinzas

SINOPSE

    “Ela diz se chamar Ana Paula, um nome composto que eu acredito não ser verdadeiro, nenhum dos dois. Ela parece Natasha, Pandora, esses nomes fortes.” 
    É dessa forma que Téo, um homem intenso e problemático, descreve inicialmente para seu psiquiatra boêmio Cassiano sobre a mulher de sua vida. Com consultas regadas a álcool e palavras poéticas, ele conversa com seu psiquiatra sobre sua vida com essa mulher e em como ele depende dela para se manter vivo. 
    Em suas diversas consultas, ele fala sobre Ana e suas manias; sua psicopatia aparente; seus vícios e seus dotes artísticos. Ele fala, principalmente, de uma mulher de personalidade forte, de intensas e afiadas palavras e de uma vividez ácida. Com seu amor beirando a obsessão, Téo se vê cada vez mais sendo absorvido por essa perigosa mulher e ao mesmo tempo se vê querendo mais e mais estar com ela. 
    Narrado de forma poeticamente melancólica, Retrato de Cinzas é, principalmente, o relato de um homem apaixonado por uma poderosa mulher, que o enfraquece e ao mesmo tempo o fortalece. Um paradoxo, do jeito que o amor deve ser. Um homem que terá sua vida mudada a cada segundo perto dessa figura e transformada em cinzas como as do cigarro que ela costuma fumar sem parar. 

Roger Portela




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